O grupinho chegou de lancha e caminhou até a praça para nos encontrar. Muito carinhosos, chegavam nos abraçando pela cintura, agradecendo pelo que ainda iriam ver e participar. Solange conduziu a metade do grupo para o local da exposição e eu, Néia e Nériton ficamos do lado de fora, no toldo, aguardando o outro grupo, da APAE, que já deveria ter chegado, mas estava muito atrasado.
Para ver a exposição e seguir as explicações da “tia” Solange todo mundo se acomoda sentando no chão.
A brincadeira de imitar o menino plantando bananeira, do quadro de Portinari, é proposta às crianças e alguns se aventuram na proeza e até o “seu” João, presidente da Associação dos Pescadores, mostra que não se esqueceu da brincadeira dos tempos da infância .
No toldo, eu trabalho com as crianças da APAE, que na semana anterior já havia trazido um grupo de alunos e agora está de volta com outro grupo. Todos são muito participativos. Alguns com mais dificuldade de comunicação, se esforçam muito para realizarem a mesma atividade que os outros menos comprometidos estão fazendo.
As quatro amigas sentam-se juntas para pintar e, ao mesmo tempo, ouvir a história da “Tia Nota 10” que eu estou contando para o grupo.
A Lili é a mais falante do grupo e logo que eu propus a elas que pintassem alguma coisa de que gostassem muito ela me disse que não sabia pintar. As amigas logo seguiram a Lili...
Mas eu não me dei por vencida, peguei um papel e as tintas e comecei a contar uma história da menina que gostava de pular corda, ao mesmo tempo em que ia pedindo sugestões das 4meninas para as cores, os elementos que eu deveria colocar na minha pintura. Elas ficaram entusiamadas e iam escolhendo tudo o que comporia o meu trabalho até o final. A Lili logo me pediu para dar o desenho para ela. Eu disse que daria, sim, mas que também gostaria de receber de cada uma delas um desenho também e assim consegui que todas fizessem alguma coisa com as tintas. O resultado foi muito bom!
Andrea mostra a linda árvore que pintou
Mas a Lili, muito contente, faz questão de mostrar o desenho que eu fiz para ela .
Os rapazes também trabalham e Lázaro chama “tia” Néia para mostrar-lhe o seu desenho.
Marcelo coloca o seu desenho de observação em frente ao prédio da Prefeitura, que lhe serviu de inspiração.
O grupo se despede posando em frente ao caminhão Portinari.
A animação é grande!
Todas as crianças gostam muito de mostrar seus desenhos e pinturas e o resultado é este festival de carinhas felizes !
Antes de se encaminharem para o barco que as levará de volta à Comunidade de Campinhos as crianças ainda brincam um pouco da praça. A professora me explica que essas crianças raramente deixam a Comunidade para virem à cidade, então, uma oportunidade como esta é motivo de alegria para todas elas, que querem aproveitar tudo até a última gota.
As meninas mais vaidosas fazem pose para as fotos
Acompanho o grupo até o barco. Na entrada mais poses para fotos.
Dentro do barco uma grande movimentação para vestirem os coletes salva-vidas, pois eu aviso que sem colete não tem fotografia.
E lá se vai o barco de volta à Comunidade dos pescadores de Campinhos.
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