Domingo é dia de descanso da equipe Portinari para Todos. Aproveitamos o dia livre para passear em Santa Cruz Cabrália. O ônibus sai antes das 8 e nos leva até a vila de Santo Antônio, onde tomamos a balsa que atravessa para Santa Cruz Cabrália.
O município está localizado na chamada Costa do Descobrimento e é a cidade-berço da Civilização Brasileira. Em 22 de abril de 1500, as caravelas portuguesas conduzidas por Pedro Álvares Cabral fundearam junto a um ilhéu, hoje denominado de Coroa Vermelha, localizado no extremo sul de uma baía que anos mais tarde recebeu o nome de Cabrália. No dia 26 de abril, um Domingo de Páscoa, foi celebrada neste local a Primeira Missa no Brasil. A segunda Missa, que comemorou a posse da terra pelos portugueses foi celebrada na foz do rio Mutary, no dia 1º de maio. O celebrante das duas missas foi o capelão da esquadra, Frei Henrique de Coimbra.
A balsa leva passageiros e alguns veículos.Ao entrarmos na balsa nos deparamos com o mais autêntico personagem da época do descobrimento
O índio Pataxó traz o artesanato produzido em sua comunidade para
vender na balsa. Não foi difícil nos convencer a comprar algumas peças.
Ao deixarmos a balsa nos dirigimos ao Centro Histórico da cidade, no alto da colina, onde uma placa indicativa da Secretaria de Turismo da Bahia conta a síntese histórica da cidade:
“ Fundada em 1535 pelo capitão donatário da Capitania de Porto Seguro, Pero do Campo Tourinho, Cabrália nasceu nesta elevação de quase 40 metros. A vila aqui foi instalada por permitir uma ampla visão da costa e assim garantir maior proteção contra os ataques de corsários e contrabandistas de pau brasil.
Da primeira vila pouco restou, por conta dos muitos conflitos com os índios Aimorés. O atual Centro Histórico compreende as edificações de períodos posteriores.
Hoje esta área é tombada pelo seu grande valor histórico, cultural e arquitetônico, constituíndo-se no mais antigo conjunto de Santa Cruz Cabrália.
Destaca-se a Igreja de Nossa Senhora da Conceição cuja construção data do início do século XVIII
A Casa de Câmara e Cadeia, do final do mesmo século,onde hoje funciona o Arquivo Municipal e ainda o cemitério atrás da Igreja.
As ruinas localizadas na praça central são remanescentes do antigo casario,identificadas depois de varias pesquisas, a partir de iconografia existente. Já as ruinas localizadas no fundo da Igreja são de origem desconhecida.
Aqui também ocorrem festas típicas. No dia 8 de dezembro comemora-se a festa da padroeira, com novena, missa e procissão.
Do alto da colina podemos apreciar uma bela paisagem da cidade e de suas praias.
Há algumas casas e até pousadas na colina. Caminhando nas ruas ainda sem calçamento, próximo à Igreja encontramos uma vegetação exuberante de mata atlântica, com árvores cobertas por bromélias.
Ao descermos da colina histórica nos encontramos no centro comercial da cidade. Algumas lojas com produtos direcionados aos turistas, restaurantes e um pequeno comércio local. Por ser domingo, as lojas estão todas fechadas.
Saimos caminhando pela orla, observando a beleza das praias.
Buscamos um lugar para almoçar e, em seguida pegamos a balsa de volta para o povoado de Santo Antonio, onde o ônibus nos levará de volta a Belmonte.
A região recebe muitos turistas e são oferecidos passeios em escunas por todos os pontos da baía.
A tarde está chegando. Já na balsa, vamos apreciando o lindo por-do-sol na baía Cabrália.
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